por Reinaldo Guimarães
Nos dias 22 e 23 foi aberta a temporada sinfônica no Rio, no Theatro Municipal (da Sala Cecília Meirelles nem se ouve mais falar). Na sexta, 22, a Orquestra Petrobrás Sinfônica com Karabtchevsky, e no dia seguinte a OSB com Roberto Minczuk.
Apesar da idade, o maestro Karabtchevsky luta com (ou seria contra?) uma orquestra fraca. No espetáculo inaugural -com repertório em homenagem ao bicentenário de nascimento de Verdi, com peças sacras sinfônico-corais (Ave Maria, Stabat Mater, Laudi a la Vergine Maria e o Te Deum) e fragmentos de óperas (“La Forza del destino”, “Nabucco”, “Il Trovatore” e “Aida”) -não me convenceu. Registro a boa forma do Coro Sinfônico do Rio de Janeiro, dirigido pelo maestro Julio Moretzsohn, afinado, eloquente, jovem.
Já na programação da OSB, uma excelente orquestra e um maestro com ela na mão nos encheram olhos e ouvidos. Uma estreia mundial de um concerto de Paulo Aragão para violão em homenagem aos 150 anos de Ernesto Nazareth com Yamandú Costa solando, um György Lygeti em grande momento -Concert Romanesc-, uma peça de Ottorino Respighi -Impressões Brasileiras- e a Bachiana Brasileira n. 7, de Villa-Lobos.