por Julieta Palhares
A edição de O
Globo de hoje, domingo, 25 de novembro de 2012, noticia em sua Revista o projeto
de recuperação de prédio “no coração da Zona Portuária do Rio” com finalidade
de abrigar a Central Técnica de Produções do Theatro Municipal do Rio de
Janeiro. O projeto é apresentado pela Presidente Camurati e segundo a matéria,
a obra não só atenderá à necessidade de acomodação do acervo do TMRJ como
também será um polo de atração turística e uma casa de formação de técnicos em
figurinos, cenários, etc. Não parece ser pouca coisa e consta que a obra já vai
em ritmo frenético. Ao que se anuncia, o TMRJ passará a ter um Central Técnica
de Produções de dar inveja às mais ativas casas de ópera do mundo.
É isso
mesmo? A direção do TMRJ se lança em vultosa empreitada de reconstrução da
Central Técnica de Produções, enquanto o palco permanece às escuras para os
seus corpos fixos de orquestra, coro e balé!?
A Presidente Camurati afirma: “quando peguei o teatro, tudo nele estava
deteriorado. A recuperação desse núcleo técnico é parte do objetivo que a
gestão tem. Não podemos nos preocupar exclusivamente com programação. Isto é
uma fundação, mais que um teatro”. (pg. 50, da Revista O Globo).
Quer dizer
que em 2007 a Presidente Camurati “pegou
o teatro com tudo deteriorado” e somente agora, na virada para 2013,
resolve salvar o que resta de cenários, demais peças cenográficas, figurinos e mais o acervo remanescente do museu outrora instalado no
salão Assirius? E esta não teria sido a tarefa do primeiro dia de sua gestão? Sempre é possível fazer o mínimo necessário, independentemente de projetos mirabolantes de vultosos aportes financeiros. (Continua)